Falar de turismo sem se falar também de acessibilidades e mobilidade interna é perfeita aberração. O melhoramento das ligações marítimas entre as ilhas do Triângulo é uma aspiração de longa data. Este desejo resulta de vários factores, quer de ordem sentimental, quer de ordem económica. Pico, São Jorge e Faial sempre foram ilhas irmanadas e tendem a sê-lo cada vez mais, pesem embora todas as manobras para semear confusão e atrito com falsos argumentos de interesses hegemónicos deste ou daquele. É evidente que poderes instituídos, pessoais ou de grupo, tudo fazem para minar, de forma torpe, o ambiente fraterno que se tem vindo a aprofundar com a migração de pessoas entre as ilhas do Triângulo, antes, com mais frequência entre Faial e Pico e agora cada vez mais abrangendo, em comum, São Jorge.
A "tirada" daquele senhor, defendendo não sei que segundos interesses ocultos, porque os da Região não são de certeza e os destas três Ilhas muito menos, na jornada de reflexão sobre Turismo, é o exemplo perfeito de quem reina dividindo. Os participantes não reagiram atempadamente e, pasme-se, a nossa edilidade, responsável principal, eleita por nós, não comenta. Vieram então os "profetas da desgraça", dando aquele ar de defensores atentos e iluminados, lançar mais umas achas para a fogueira do divisionismo regional, como se aquele "artista" fosse o legítimo representante de quem habita a Ilha Terceira e não um "pau mandado" de interesses económicos particulares. O que necessitamos é de solidariedade e contribuição para o bem comum. Enquanto combatermos ideias desajustadas com argumentos desajustados, apenas atiçamos a discórdia e fomentamos a divisão.
Criei este blog há mais dum ano, mas não lhe dei continuidade.
Agora sinto que necessito deste espaço para reflectir em conjunto com quem tenha a amabilidade de aturar a exposição dos meus pensamentos.
Desde já agradeço a colaboração.
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