Terça-feira, 27 de Julho de 2010
EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO

Face ao tema, ultimamente mais destacado na comunicação social, não poderia deixar de partilhar a minha reflexão sobre o assunto e o que penso que move o novo e mediático líder do PSD.

Subjacente às suas propostas de alteração à Constituição está um projecto medieval de usurpação de tudo o que possa constituir um bem essencial ao progresso e ao bem-estar comum. Passos Coelho pretende rasgar as páginas que constituem o orgulho da nossa ambição de progresso e modernidade, a saúde para todos e o ensino em igualdade de acesso e tendencialmente gratuito.

Defende o princípio do fim do Estado Providência, o fim das prestações de solidariedade social. Preconiza a total flexibilização das relações de trabalho como forma de fomento à empregabilidade. Nada mais falso. O que pretende, na realidade, é o recurso à mão-de-obra descartável, a precariedade total, a desresponsabilização do papel social das empresas, em suma, a desqualificação profissional, o regresso à jorna medieval.

O que pretende Passos Coelho é criar um sistema ultra-neoliberal que permita perpetuar, com mais este ciclo, o sistema redutor e injusto que Manuel de Arriaga tão acerrimamente criticou.

O resultado dos testes à banca europeia veio demonstrar que os bancos portugueses mentiram sobre as suas dificuldades. Mentiram porque apresentaram lucros fabulosos, acima dos conseguidos em anos em que as taxas de juro eram mais elevadas. Mentiram e beneficiaram do apoio do Estado, ou seja, do produto dos impostos que pagamos, em condições e com uma facilidade incríveis. Mentiram, mas continuam a beneficiar duma taxa irrisória de IRC sobre os lucros obtidos.

São os grandes accionistas destes bancos que vão lucrar, directamente, com a política que Passos Coelho pretende implementar.

Mas pretende mais, pretende mesmo ultrapassar o CDS-PP pela direita, aproveitando a propaganda demagógica e populista promovida por este partido. Consegue, assim, o apoio das forças mais reaccionárias e obscuras que não têm encontrado um líder mediático, ultrapassado que está Paulo Portas nas suas visitas aos mercados de peixe. O próprio Passos Coelho faz questão em anunciar que já não há razão para confundir a política do PS com a do PSD.

Perfila-se, agora, uma figura mediática, com propostas ostracizantes, embrulhadas numa roupagem populista. Complementa-se, dando apoio à candidatura presidencial da figura que, desde 1985, tem retardado o progresso social: canaliza o domínio económico e financeiro para os já mais poderosos, aumenta o desemprego e a mancha de pobreza em Portugal.

Foi na era Cavaco que os Quadros Comunitários de Apoio fizeram chegar dinheiro vivo, sem controlo efectivo, para que nos conseguíssemos desenvolver. Em vez de se apostar na formação e outras medidas estruturantes, Cavaco lançou-se na “política do betão”, seguido nos Açores por Natalino Viveiros, política que agora o PSD critica, mas que, no fundo, defende. É o ladrão que foge a apontar para o lado enquanto grita “agarra que é ladrão”.



publicado por livrecomoovento às 01:14
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Sexta-feira, 9 de Julho de 2010
170º. Aniversário do Nascimento de Manuel de Arriaga

Publico este meu protesto, na madrugada do dia seguinte à efeméride do 170º Aniversário do nascimento do 1º. Presidente da República.

Foi um serão curto, mas de alto nível cultural e artístico. Simples mas elucidativamente marcante.

Parabéns pela ideia.

Não posso ainda acreditar que a organização não tenha usado de todos os meios ao seu alcance para dignificar o evento com a presença condigna de assistência.

O meu veemente protesto pela forma como foi divulgado,  resultando numa fraca participação de público.

Este é mais um exemplo de como mal se organizam acontecimentos desta natureza na nossa terra.



publicado por livrecomoovento às 02:31
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Domingo, 4 de Julho de 2010
NÃO DESVIRTUEM A NOSSA CONSTITUIÇÃO

A revisão constitucional do PSD é uma forma de vampirizar os recursos escassos num país que precisa de melhor saúde e educação.
É uma forma de os tornar mais difíceis, mais caros e mais injustos.

(F. Louçã)



publicado por livrecomoovento às 18:36
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Sexta-feira, 2 de Julho de 2010
NÃO RASGUEM A NOSSA CONSTITUIÇÃO

“A democracia não é apenas um conjunto de regras formais, mas também um conjunto de direitos e liberdades políticas, de direitos sociais, que na nossa Constituição estão consagrados como direitos humanos fundamentais. Rever a Constituição no sentido de alterar alguns desses direitos, nomeadamente no que se refere à escola pública, ao Serviço Nacional de Saúde ou à segurança social será não rever a Constituição, mas rever e subverter a democracia”.

(Manuel Alegre)



publicado por livrecomoovento às 00:56
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