Domingo, 19 de Setembro de 2010
DA TEORIA À PRÁTICA

O que diz Sócrates, o Secretário-Geral do PS…

… e a prática de Sócrates, o 1º. Ministro do Governo PS

Quando alguém defende uma coisa, mas pratica outra, usa dizer-se que “a bota não bate com a perdigota”. É o que acontece com o discurso e a prática de José Sócrates. A forma hipócrita como se mostra horrorizado com as propostas de Passos Coelho, enquanto Secretário-Geral do PS e a sua prática governativa quando as executa, enquanto 1º. Ministro do Governo PS.

Querem destruir o Serviço Nacional de Saúde! É verdade, querem! Mas foi o governo PS que, há poucos dias, entregou mais um hospital ao Grupo Mello.

Querem um SNS pobrezinho, para os pobrezinhos! Pois querem! E querem mais. Querem asfixiar o financiamento do SNS, criando sistemas privados de saúde, subsidiados pelo Estado, ou seja, por todos nós, mas aos quais, apenas alguns, outros que não nós, terão acesso.

Temos um problema (Pois…, temos. Temos, até, vários problemas)! Aquele orgulho de sermos um dos Países da Europa com maior e melhor igualdade de abrangência na assistência social, é um problema e sai muito caro ao Estado. Assim, resta pouco dinheiro para subsidiar a banca e pagar prémios aos administradores fraudulentos! (Defende o PSD).

Não senhor, diz Sócrates, o Secretário-Geral do PS, o Serviço Nacional de Saúde é intocável. Destruir o SNS é regressar ao antes do 25 de Abril!

Mas não se preocupem que os accionistas têm os seus ganhos garantidos e os administradores fraudulentos os seus prémios. Sempre que a banca privada fizer umas falcatruas para desviar capitais para fora do País, nós vamos à Caixa Geral de Depósitos, a instituição que ainda tem capitais públicos, e “tapamos os buracos”. (Prática de Sócrates, o 1º. Ministro do Governo PS).

Esses velhinhos (mesmo os que descontaram para a segurança social durante mais de 40 anos) gastam muito dinheiro com medicamentos para “essas” doenças crónicas, diabetes, colesterol, úlceras e não sei que mais…! (Defende o PSD).

Que horror, diz Sócrates, o Secretário-Geral do PS. Que insensibilidade! O Estado tem a obrigação de proteger, dar dignidade e condições de vida a quem já trabalhou e descontou uma vida inteira!

Bom, mas isso dos medicamentos resolve-se já. Por exemplo, aquele medicamento que quase todos usam e pelo qual pagam apenas 9 euros, com esta nova legislação, passarão a pagar cerca de 26 euros. Ou pagam bem, ou morrem mais cedo e já não dão tanta despesa. (Prática de Sócrates, o 1º. Ministro do Governo PS).

O que é necessário é flexibilizar os despedimentos. Isso de ter que usar a inteligência, a competência e investir “algum”, não dá certo. É mais fácil experimentar, com uns apoios de dinheiros públicos (assim não interessa se vai dar certo porque não temos nada a perder, só a ganhar…) e admitir uns estagiários para não se pagar Segurança Social, ou então uns precários a recibo verde para os podermos “descartar” em qualquer momento. Acabe-se já com essa tolice de não se poder despedir sem justa causa! (Diz o PSD).

Que injustiça, diz Sócrates, o Secretário-Geral do PS. Querem voltar ao tempo da jorna?! Os trabalhadores são pessoas. Todas as pessoas têm direito a um trabalho estável, à dignidade profissional!

Apesar disso, o melhor é fazer aprovar um Código do Trabalho que seja bem pior que o de Bagão Félix. (Prática de Sócrates, o 1º. Ministro do Governo PS. Refira-se que vários deputados Socialistas votaram contra esta decisão do Governo PS).

Realmente a bota só bate com a perdigota quando chegamos à conclusão que Sócrates, 1º. Ministro do Governo PS, executa as propostas do seu “clone”, Passos Coelho, Presidente do PSD. Então tudo se torna claro: toda a troca de “galhardetes” entre estas duas figuras, não passa de simples diversão televisiva, Em boa verdade, um dita e o outro executa.



publicado por livrecomoovento às 19:23
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Domingo, 5 de Setembro de 2010
OSTRACISMO, MINORIAS ÉTNICAS, RACISMO E XENOFOBIA

Sarkozy e os ciganos tal como Hitler e os Judeus

Jornais, revistas e televisões destacam as notícias da hipocrisia social que representa, em França, a decisão do governo, comandado por Sarkozy, expulsar os cidadãos europeus, de etnia cigana, oriundos da Roménia.

Ao que chega um País fundador duma Europa que se quer, e se diz, inclusiva?! É esta a Europa que defendemos e com que sonhámos? Certamente que não.

Como satiriza Ricardo Araújo Pereira, até parece que uma das razões da falência das políticas económicas actuais é culpa dos ciganos. Possivelmente estariam nos conselhos de administração dos grupos financeiros que faliram. De manhã vendiam T-shirts de contrafacção e à tarde concediam empréstimos imobiliários de alto risco.

Começa-se por expulsá-los deste e daquele País, para o País de onde vieram. Depois, como são nómadas e ninguém os quer, criam-se zonas, bem demarcadas, onde se encurralam essas etnias que só arranjam problemas (por enquanto os ciganos, depois, tudo o que continue a incomodar, independentemente da etnia).

Finalmente, chega-se à brilhante conclusão que o melhor é isolá-los numa daquelas coisas que, no tempo do Hitler, se chamavam campos de concentração. No entanto é melhor chamar-lhes outro nome, como por exemplo, “Campos de Trabalho para a Recuperação Social” ou “Centros de Reinserção Cívica”, não vá alguém descobrir que a finalidade é a mesma, apenas com contornos diferentes. Não podemos esquecer que já estamos no século XXI!

Hoje são os ciganos, amanhã os imigrantes, depois os desempregados, os dependentes, os marginais (que a própria sociedade criou), os doentes crónicos, os pensionistas e os reformados. Convém alertar os pretos para que se tornem brancos (os que conseguirem), uma vez que também podem vir a ter o mesmo destino. É certo que não se irá ao pormenor de apurar a raça ariana, mas, no mínimo, quanto mais caucasiano, melhor.

O discurso revanchista da direita europeia está a atingir o seu auge. Quanto mais ideias populistas que “peguem”, melhor. O que é necessário é destruir todo o conceito de solidariedade social. Cada vez mais se tenta “passar” a ideia de que, neste Mundo, não poderá haver menos desigualdade porque isso provoca insegurança, origina “malandrice” e subsídio dependência.

“Tem que haver quem mande! Sempre foi assim: uns nasceram para mandar e outros apenas para obedecer. Porque queremos mudar isso agora?”

O objectivo da direita é cada vez menos estado social e mais estado policial. Cada vez mais se tenta fazer crer que necessitamos dum “salvador” com mão forte, tipo Hitler ou Salazar para endireitar esta Europa.

Estamos a recuar na história da Humanidade! E as forças activas da nossa sociedade, estão, cada vez, mais inactivas, mais amorfas, presas num comodismo avassalador, entorpecidas pelo sistema, convencidas que o problema é dos outros. Mas esse problema já está à nossa porta e, atrás de nós ou ao nosso lado, já não há ninguém para nos defender.

Nunca é demais relembrar o célebre poema de Bertolt Brecht:

“Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.”

(Bertolt Brecht)



publicado por livrecomoovento às 17:59
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